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quarta-feira, 22 de junho de 2011

A cultura circense não perde o encanto

O circo é um dos mais importantes veículos da produção cultural no Brasil. Até a década de 50 e 60, somente o circo conseguia chegar a todos os municípios do país. Os espetáculos tinham música, dança, teatro, acrobacias, mágicas, animais, era uma festa de cultura e diversão. Historiadores afirmam que não se pode contar a história do teatro, da música, dos discos e do cinema sem falar no circo. Segundo o Ministério da Cultura (www., o circo constitui uma forma de expressão fundamental na formação cultural brasileira, por conta de sua itinerância e sua capacidade de influência em todo o território. A linguagem circense é das mais importantes manifestações das artes cênicas. Depois de atingir seu apogeu na primeira metade do século XX, o circo sofreu as conseqüências da remodelação das formas tradicionais e perdeu público devido à popularização das linguagens do cinema e da televisão. Nos anos 80, surgiram iniciativas de rearticulação do circo e de revitalização de sua riqueza, obtida graças à apropriação de elementos de diferentes culturas, linguagens artísticas e manifestações regionais. A diversidade de práticas circenses coloca desafios específicos para a elaboração de uma política para o setor.
FUNARTE Cabe ao poder público e em especial à Funarte criar condições para que o circo brasileiro possa ver suas demandas e precariedades resolvidas com apoio, capacitação e acesso a espaços dotados de condições satisfatórias de infra-estrutura e localização para suas apresentações. O Estado deve, ainda, promover a pesquisa e a preservação da memória das atividades circenses, visando o reconhecimento dessa tradição e a criação de programas de circulação de espetáculos, principalmente em regiões de maior isolamento geográfico.

O espetáculo do Koslov

Não somos os melhores, mas fazemos da nossa arte, o melhor da nossa vida. (Palhaço Dica)




Desde criança, não ia mais ao circo. Em junho deste ano chamou-me a atenção a fila para ver o espetáculo do circo que chegara à cidade. Um impulso fez-me comprar ingresso por dois dias consecutivos. Redescobri o encanto da arte circense, acompanhando o trabalho dos artistas do Koslov. O circo Koslov é um circo com 24 anos de estrada. Ele vem mostrando que a arte circense ainda não morreu. Sem animais, o foco é mostrar a arte circense como ela é. Para o Palhaço Dica, a arte circense é a criança fazendo acrobacia, é o palhaço e suas esquetes cômicas, um mundo de encantamento. Preparação dos espetáculos A organização do programa é feita normalmente no começo da semana, variando o espetáculo quanto ao tempo de duração do espetáculo, no circo tudo é ao vivo.



A crise do circo

Segundo Dica,o circo passa hoje por um momento difícil gerado pelo avanço tecnológico. “A internet é uma concorrente do circo, que é algo ao vivo. Antigamente, o circo sofreu com o auge do cinema, públicos lotavam cinemas, e o circo ficava sem espectadores. Acho que os meios tecnológicos afastaram as pessoas do circo e principalmente os jovens. eles formam seus próprios mundos, a internet forma suas redes sociais. Mas na busca por atrair os jovens, continuamos oferecendo, o que temos de melhor, a arte circense e seu encantamento”, destaca o palhaço Dica. Evelyn Signorelli – a acrobata Ela praticamente nasceu no circo. Aprendeu aos seis anos as acrobacias, assistindo vídeos do Circo de Soleil, e vendo outros artistas, ela afirma não ter ensaios regulares. Filha de pais separados, ela decidiu conhecer o mundo com o pai no circo. Sempre conhecendo lugares novos, sotaques novos. Evelyn hoje aos dez anos faz planos para seu futuro, quer ser acrobata do Circo de Soleil ou senão pediatra. Mas é possível afirmar que ela já é uma grande artista de circo.

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